terça-feira, 31 de julho de 2012

Você está aqui.




Eu vivo disso.
Eu procuro, e olho...
E espero, e desejo
Mas você nunca está lá.


Porque você está aqui.


Em cada memória, 
Em cada imaginação,
Em cada pensamento.
Em cada suspiro.
E eu vivo disso.


Porque toda a vez que penso em você,
desejo que se torne mais forte.


E que a distância diminua.
E que o tempo passe.
E que eu viva disso.


Porque é nisso que eu acredito,
Porque é disso que eu vivo.


Porque você está aqui.
E porque eu vivo de você.




Guarda a ti mesma




"Guarda a ti mesma e nada te alcançará"


γαιοlεχ 'Εχαη




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Não abrir mais os olhos



Me sinto cada dia mais vazia por dentro.
O que acontece se eu não conseguir consertar o cordão?
O que acontece se eu voltar a sonhar com você

E decidir não abrir mais os olhos?

Se eu decidir ver mais uma vez seu sorriso espontâneo?
Esse sorriso que tanto amo
E que tanto me destrói.

O que acontece se eu me deitar
sabendo que não acordarei mais?
E se eu sorrir por isso?

As vezes acho que sou louca.
Louca por acreditar que posso viver com você aí.

Se eu te chamar você escuta?
Se eu te abraçar você sente?
Se eu te ver vai ser real
Ou apenas mais uma ilusão?
Mais um sonho?
Mais uma dúvida?

Me sinto quebrada por dentro.
Vazia.
O que acontece se eu sonhar com você de novo....
E não querer mais abrir os olhos?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Me deixa concertar o que eu quebrei




Não deixa ela chorar
Grita comigo,
Grita pro céu
Mas não deixa ela chorar

Arrebente-me
Machuca-me
Humilha-me
Mas não deixa ela chorar

Não fira ela
Não diga isso
Não fale aquilo,
E não deixe ela chorar

O resto eu não me importo
Pode socar a parede se precisar
Mas não deixa ela chorar

Posso chorar por você
Posso chorar por causa de você
Se quizer
Pode gritar comigo
Mas não grite com ela
Não diga isso a ela
E não a deixe chorar

Deixe minhas lágrimas caírem
Deixe meus olhos baixos
Deixe-me concertar o que eu que eu quebrei

Porque eu não posso ver ela chorar.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Tirado do livro "The End" (Leferr)




A Parábola do Casulo


"Num dia de domingo, em uma manhã ensolarada, um homem descansava à sombra de uma árvore em seu quintal. Contemplando o dia bonito que se anunciava, avistou um pequeno casulo dependurado em um dos galhos. Sua atenção concentrou-se ficando a admirá-lo durante um bom tempo.Percebeu que a borboleta tentava sair através de um pequeno buraco, fazendo muito esforço, sem conseguir se libertar daquela casca.
Passou mais alguns minutos e o homem observou que a borboleta não mais se mexia. Sem compreender o que estava acontecendo com a borboleta, levantou-se e, na intenção de ajudá-la, com a ponta das unhas dos polegares, cuidadosamente abriu todo o casulo.
O homem ficou a observá-la, esperando que ela saísse. De repente, viu-a sair facilmente, sem nenhuma dificuldade, mas, reparou que seu corpo estava murcho e suas asas amassadas. Mesmo assim, sentiu-se feliz, achava-se ter ajudado e ficou aguardando a borboleta dar o seu primeiro voo, a ganhar a liberdade. As horas iam se passando e nada, ela continuava no mesmo lugar, quase sem se mexer...
Meio domingo já tinha ido embora, quando de tanto pensar e se questionar o homem então compreendeu que o casulo apertado era o esforço necessário que a borboleta precisava para se libertar. E essa força ela própria tinha que fazer, ninguém mais, para que a sua energia, o fluido de seu esforço fosse para as suas asas fortalecendo-as e, voasse livremente ao libertar-se do casulo
(...) O esforço é necessário para o nosso crescimento e fortalecimento, lembre-se disso. Se vivêssemos a nossa vida sem passar por quaisquer obstáculos, não conseguiríamos ser tão fortes quanto devemos ser"

Pág 127-128


Duas palavras





Ferrovias.
Cotovias.
A cantar na escuridão.


Ventanias.
Sinfonias.
A lembrar a solidão.


Desejos.
Impulsos.
A nos levar pelas estradas.


Sonhos.
Existências.
A lembrar vidas passadas.


Lugares.
Livros.
Que nos ensinam novas visões.


Armas.
Palavras.
Que param corações.