sexta-feira, 16 de março de 2012

A Decisão


O tempo está difícil.
Sinto que algo ruim se aproxima, rápido.
Estou cansada das criaturas lerem meu blog e pensarem que quero me matar só por que ele e todo deprimente nesse estilo gotico. Sou mais roqueira que gótica, mas gosto mesmo de escrever assim. É a escolha de cada um, qual é!
Só estou escrevendo agora por que tive problemas sérios com a minha, mãe ontem. Ela gritando comigo, eu gritando com ela e pronto, essa coisa toda, né? Todos mundo sabe como é isso, não importa se adimite ou não, o fato é que todo mundo sabe e acabou.
Então me lembro de quem eu sou, de que Ela está ao meu lado, e tudo fica bom.
Mas ainda me lembro quando eu entrei no banheiro e minha mãe gritou:

"Ou você muda, ou você vai ficar sozinha!!"

Então... comecei a pensar...
Toda a discusão foi em torno disso sabe? Dela falando que eu tenho que mudar por que eu estou ficnado igual a minha avó (e os Deuses sabem o como eu a odeio), e ela falando que eu tenho que mudar. Então... cara, é sério eu não sei. A primeira coisa que pensei depois de falar com a Deusa foi: "Vou contar ao meu pai a minha religião."

Isso seria suicídio.
Sem dúvidas.

Mas sei lá... como mais eu poderia fazer a diferença? Como mais eu poderia "mudar minha atitude", como disse a mih mãe?
A "minha atitude" que ela fala é o fato de ser tão fechada. Mas como eu não vou ser fechada?! Eu não tenho o apoio dos meus pais para a coisa que considero uma das coisas mais importantes na minha vida: a religião!!
Ah, mas a resposta é simples, todo mundo aqui sabe se usar um pouco do raciocínio:

-Conta pra eles.

Isso resolveria tudo, não é?
Ah... sim...
Se você conhecesse o meu pai! kkkkkkkkk!!! A resposta seria outra!

Ele é um católico que não vai a igreja e que acha que tudo que não é critão é macumba OO' e ainda por cima e teimoso e cabeça dura. NÃO tem como saber a reação dele! Se quando descobriu que eu estava namorando escondido com 15 anos ele parou de falar comigo 1 mês, imagina quando saber que não sou cristã?!
Deuses!
Mas é a única forma!
Estou cansada disso!
São tantas as coisas que ele poderia me ajudar... em tantas coisas ele poderia me apoiar...
Mas eu não consigo... sinceramente, eu não consigo imaginar ele tendo orgulho de mim. Pelo menos não demonstrar isso, por que ter ee pde até ter, mas nunca vaia admitir e, sinceramente, cara, sinceramente, se ele descobrir que eu não sou cristã, é capaz de nem ter ele ter mais.

As coisas são complicadas.
Ainda bem que ontem quando ele chegou em casa eu voltei atrás nessa coisa de falar para ele.
Assim eu consigo pensar direito, pensar melhor.
E, é sério, ele só não sabe por que não quer, por que, se algum dia da minha vida ele tivesse me perguntado a minha religião, eu não iria mentir, juro que não. Eu ia jogar na lata mesmo falando com completa indiferença e, confiem em mim, isso é mais fácil do que você chegar na cozinha e vê-lo sentado na mesa falando com a minha mãe. Ele olha pra você, pergunta o que você quer, você fala que quer converssar, ele acha que é algo do tipo "Oh, minha filha deve ter matado alguém", "Oh, minha filha deve estar grávida" ou até "Oh, minha filha começou a fumar" (por que seriam essas as coisas que primeiro viriam na cabeça dele, claro, deixando de lado o lance de namorados) e então você se senta na cadeira na frente dele, respira fundo, toma coragem, conta que não é cristã, tenta explica o máximo de coisas o possível para ele antes dele sequer pensar em falar algo e então...
Não dá.
Minha imaginação só vi até aí.

Ainda bem que tenho Ela.
Sinceramente, se eu ainda fosse aquela católicasinha que não conhecia outra religião além da minha (que eu não gostava, fazia por dever e, mesmo assim, a contra gosto) de antes eu estaria me desesperando agora, mas eu estou calma, por que sei que só é uma fase e Ela e Ele estão segurando as minhas mãos. Eles vão me levar em segurança pelo caminho que eu escolher, e, então, todo o sofrimento vai acabar, por que eu estou pagando agora por um paraíso futuro.
Vai tudo melhorar. Mas eu ainda tenho que fazer as minhas escolhas.

E agora?
Eu conto a ele?
Espero ele perguntar?
Deixo tudo como está e fico um velha rabugenta fechada para o mundo como a minha avó?
O que eu faço?
Como me livro disso?

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