sábado, 30 de junho de 2012

Vidas




Vidas da noite, maravilhosa existência,
Digam-me a verdade oculta.
Falem-me de seus tempos passados
Dos círculos de pedra nos quais dançavam


Vidas de pedra, perpétuo passado,
Digam-me por onde andastes.
Falem-me de seus tempos passados
Das trilhas nas quais andaram em suas passagens


Vidas de fogo, crepitar ressonante,
Digam-me o que queimaram.
Falem-me de seus tempos passados
Nos quais somente os sábios sabiam de tua existência


Vidas do vento, almas esvoaçantes,
Digam-me o que escutaram.
Falem-me de seus tempos passados
Dos gritos que ecoaram no ar

domingo, 24 de junho de 2012

Igreja



No início dos tempos, a Igreja Católica ameaçou pagãos por medo. Porque sabia que nós eramos fortes. Porque temia uma rebelião, uma guerra entre eles e nós, ou entre nós e eles.
Fizeram isso para nos botar medo e nos mostrar que havia uma "religião mais forte", para nos mostrar o "nosso lugar" e tirar as possibilidades de uma possível guerra. Então surgiu a Inquisição.
Mas depois, as coisas começaram a sair do controle.
As ameaças não surtiam o desejo desejado e logo a Igreja teve que ir por outros métodos.
Mais ameaças, mentiras, julgamentos. Tudo de tal forma forte que as pessoas começaram a temer-nos e a se afastarem.
No início foram mortos nas fogueiras somente os pagãos que mais arranjavam problemas, que mais tinham voz. Mas novamente as coisas saíram do controle. E a Igreja achou melhor nos erradicar.
Extermiar nossos ritos, exterminar nossa religião, exterminar nossos Deuses, pois só assim não haveria mais o perigo da rebelião, o perigo da briga, o perigo da perda de fiéis, o perigo da guerra.
Com o tempo eles acharam que estavam nos destruindo, mas só estávamos escondidos esperando tudo acabar com fé.

Sabíamos que haveria um futuro melhor, um futuro no qual a religião seria oferecida, não imposta. Seria um caminho, não uma rua sem fim. Sofremos isso pela nossa religião, pelo futuro, pela vida, pelo que acreditamos.
E este dia chegou.
O dia em que nos perguntamos: por que fomos tão fortes?
E a resposta é simples:

Porque se nos tratássemos apenas de mais uma seita, não teríamos seguido em frente enquanto éramos ameaçados, enquanto éramos obrigadas a entrar na igreja, enquanto nossos amigos e nossos irmãos eram mortos em fogueiras e éramos obrigadas a ver.
Se nos tratássemos apenas de mais uma seita, teríamos desistido. Teríamos nos convertido porque era o caminho mais fácil e sem sofrimento. Teríamos nos deixado levar sem fazer mais perguntas.

Não existiríamos hoje.
Mas existimos.
Porque não somos apenas mais uma seita.
Somos uma religião.
Somos uma força.
Somos nós.

γαιοlεχ 'Εχαη

Seres



Seres da vida,
Da alma,
Da existência.
Criaturas ocultas
Criaturas límpidas
Criaturas vivas
Criaturas existentes
A nos rodear com suas asas e pequenos corações

Seres a voar
Seres a nadar
Seres a andar
Seres a cavar
O que seres, seres?
Senão mais um poço de vida.
Mais uma realidade da existência.
Mais uma vitrola encantada
Com a alimentação sonida da morte
Com o rumor derivado da vida.

Seres de água
Seres de fogo
Seres de ar
Seres de terra
Seres, simples seres
Que trazem e levam a vida.


Diga-me



Diga-me a verdade sobre seus atos,
Diga-me a essência de teus pensamentos,
Fale-me da tua coragem
Da tua alma.

Diga-me o valor da tua persistência,
Diga-me o teor da sa vitória,
Fale-me da tua vida
Do teu espírito.

Só então,
No vazio pensamento profundo,
Dores jamais extinguidas
Encontrarão seu lugar em outra parte da existência.
E o sofrimento jamais abandonado
Poderá seguir enfrente para nos encontrar
Em outra ocasião.


terça-feira, 19 de junho de 2012

As flores mortas





É engraçado quando olho no espelho
e te imagino ao meu lado sorrindo
E você não está.
É engraçado quando paro com alguém na rua
e fico olhando em volta
para ver se você está lá.
E você nunca está.


E eu sei.
Ainda tenho tempo para esperar.
As flores mortas na minha estante
só serão trocadas quando você chegar.


É complicado.
É complicado o como sinto o teu gosto
Mesmo sem nunca o ter provado
É complicado o como sinto a sua falta
Sem nunca ter tido a sua presença
É complicado, realmente complicado,
O como eu sinto saudade dos seus olhos
Sem mesmo saber ao certo como eles são
É complicado o como eu sinto desejo de ouvir o seu riso
Sem jamais o ter realmente escutado
É complicado.
É complicado


Mas eu sei, e eu sei.
Que ainda tenho tempo para esperar.
E que as flores mortas na minha estante
Ainda terão que ficar lá.




segunda-feira, 18 de junho de 2012

Página no Facebook

Pois é, pessoal, graças a Thais, minha valorosa amiga, agora o Sofrimento Infinito tem página no Facebook.
Vou tentar me esforçar para manter os dois sempre atualizados, quer dizer, o blog depende da minha inspiração, que está um pouco pra baixo, mas a página eu preciso é de organização mesmo YY.

Aqui está o link para quem quer dar uma conferida:
http://www.facebook.com/SofrimentoInfinito



Está meio incompleto ainda, mas a gente dá um jeito nisso com o tempo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012





"Só seremos o que nós somos e só teremos o que lutarmos para ter."


Vaiolex Exan

Leffer



"Melhor que partir, é sentir a emoção de voltar"


Leffer
Livro "The End"

Nós








"Bruxas são como as fênix. Morremos? Sim. Mas renascemos das nossas próprias cinzas sofridas. Mais fortes, e mais poderosas que nunca."


Vaiolex Exan

terça-feira, 12 de junho de 2012

Olhos




Quando olho para o céu
Vejo olhos que olham para mim


Quando o céu está limpo
E não há nuvens em sua imensidão
Olho para as árvores
E vejo olhos que olham para mim.


Quando estou impedida de olhar as árvores
Olho para o chão
E vejo olhos que olham para mim pela areia,
pela terra,
pela grama,
pelas pedras,
pelo cimento e
pelo granito.


Olhos de mulher, olhos de homem,
Olhos de criança, olhos de jovem,
Olhos de adulto, olhos de sábios idosos.
Eu simplesmente vejo os olhos.
Os olhos que olham para mim.
Porque esta é uma forma de mostrar
Que Eles estão aqui.


E que aqueles olhos
São olhos que olham por mim.