domingo, 24 de junho de 2012

Igreja



No início dos tempos, a Igreja Católica ameaçou pagãos por medo. Porque sabia que nós eramos fortes. Porque temia uma rebelião, uma guerra entre eles e nós, ou entre nós e eles.
Fizeram isso para nos botar medo e nos mostrar que havia uma "religião mais forte", para nos mostrar o "nosso lugar" e tirar as possibilidades de uma possível guerra. Então surgiu a Inquisição.
Mas depois, as coisas começaram a sair do controle.
As ameaças não surtiam o desejo desejado e logo a Igreja teve que ir por outros métodos.
Mais ameaças, mentiras, julgamentos. Tudo de tal forma forte que as pessoas começaram a temer-nos e a se afastarem.
No início foram mortos nas fogueiras somente os pagãos que mais arranjavam problemas, que mais tinham voz. Mas novamente as coisas saíram do controle. E a Igreja achou melhor nos erradicar.
Extermiar nossos ritos, exterminar nossa religião, exterminar nossos Deuses, pois só assim não haveria mais o perigo da rebelião, o perigo da briga, o perigo da perda de fiéis, o perigo da guerra.
Com o tempo eles acharam que estavam nos destruindo, mas só estávamos escondidos esperando tudo acabar com fé.

Sabíamos que haveria um futuro melhor, um futuro no qual a religião seria oferecida, não imposta. Seria um caminho, não uma rua sem fim. Sofremos isso pela nossa religião, pelo futuro, pela vida, pelo que acreditamos.
E este dia chegou.
O dia em que nos perguntamos: por que fomos tão fortes?
E a resposta é simples:

Porque se nos tratássemos apenas de mais uma seita, não teríamos seguido em frente enquanto éramos ameaçados, enquanto éramos obrigadas a entrar na igreja, enquanto nossos amigos e nossos irmãos eram mortos em fogueiras e éramos obrigadas a ver.
Se nos tratássemos apenas de mais uma seita, teríamos desistido. Teríamos nos convertido porque era o caminho mais fácil e sem sofrimento. Teríamos nos deixado levar sem fazer mais perguntas.

Não existiríamos hoje.
Mas existimos.
Porque não somos apenas mais uma seita.
Somos uma religião.
Somos uma força.
Somos nós.

γαιοlεχ 'Εχαη

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