quinta-feira, 1 de março de 2012

O preço...


Tão livre...
Tão frágil..

Qual seria o preço de poder voar?
De poder sentir o vento no rosto enquanto bate suas asas na imensidão do céu?
De olhar tudo no alto, de cima, despreocupado com as futilidades que assombram o chão lá embaixo?
De poder sentir o sol...
a chuva...
atravessar as nuvens só pelo prazer de sentir-se livre?
De voar rapido...
De soprar uma bela melodia esperando o dia que amanhece mais uma vez...

O preço de voar,
O preço de ser livre,
O preço da despreocupação.

Qual será o preço... dessa liberdade?

Seria a fragilidade?

A fragilidade do pequeno passarinho que voa pelas invisíveis estradas do céu?
Seria esta fragilidade, essa inocência, o preço?

A Âncora é o peso que me prende ao chão
E o Amuleto é o peso que me lembra o meu verdadeiro valor.

Se me livrasse...
Se me soltasse...

Poderia, eu, voar?
Poderia, eu, partir?
Ou esse seria apenas mais uma parte do preço...
... de voar?
Do que mais teria de abrir a mão?
Do que mais teria que me despedir?

Será que isso realmente vale a pena?
Voar.
Ou seria necessário apenas aceitar quem somos, e o que somos, para que a nossa alma voe livre?

Você gostaria de pagar isso para voar?
Tão livre...
Tão frágil...
Como um pequeno passarinho...
... que cai no mar?




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