terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

5: O Rio Nester part1

5- O Rio Nester

Três horas eu estava totalmente recuperada, sem cansaço, sem sono, sem nada. Ele ainda estava ao meu lado acordado. O chamei e nós começamos a andar.

Eu estava sempre o lado dele. Não tinha medo de escuro, pelo contrário: ele me fascinava, mas eu nunca fiquei tanto tempo no escuro antes. Eu saía escondida de casa com papai para vermos a lua e os animais, mas a luz da lua sempre iluminava as minhas asas e tínhamos que ir embora para nenhum normal nos ver.

A única coisa que eu via era o meu cabelo louro, minhas asas, as asas de Leonardo e seus infinitos olhos verdes. Ao amanhecer já tínhamos percorrido muito mais de 2 quilômetros. Se conseguíssemos mais 1 quilômetro de dia chegaríamos lá. Mas cerca de 11 horas, Leonardo caiu no chão com dor nas costas, eu fiquei desesperada.

-Calma Eli!!- disse ele

-Mas você está bem?- perguntei, ele estava sentado no chão e eu ajoelhada ao lado dele

-Estou... eu acho...

-Meu Deus! O veneno!

-Calma Eli... pode não ser...

-Dor nas asas e depois dor nas costas? A dor está se lastrando Leonardo!

-Calma Eli, vamos pensar positivamente... é... não tem nada pra pensar!

-Leonardo temos que continuar! Anda... levanta!- disse o ajudando a se levantar

-Elianna, temos que continuar... se você se acalmar...- disse ele pausadamente olhando nos meus olhos

-Eu sei... é que estou nervosa...

-O que? Porque um anjo vai morrer? O que é que tem? Não importo pra você nem um pouco!

-Claro que importa!- disse de repente, o que, sinceramente, me pegou de surpresa –Quem vai me levar para casa? Quem vai me ensinar a voar? Quem vai conversar comigo?

-Eli!! Respire fundo e se acalme. Só quando estiver calma iremos para lá...- disse ele, estávamos tão próximos... ai, ai! Que momento!

-Você me disse... que aconteceu algo a sua terra que você não gostava de falar sobre... o... assunto... mas...- eu estava, definitivamente, toda embolada -... você... pode me contar?

-Posso...- disse ele com um sorriso, depois pegou minha mão e me levou para longe do sol que estava muito quente -... eu acho que posso.- continuou ele quando nos sentamos atrás de uma árvore

-Foi tão sério assim?

-Foi... em parte foi.

-Então não me conte.

-Mas você não acabou de pedir?

-Acabei, mas não quero te fazer lembrar...- estávamos lado a lado e nessa hora olhei para ele, o que foi errado porque ele também olhava pra mim, o que nos fez ficar cara a cara

-Sabe... por que eu estou ficando humano de mais por causa de você?- perguntou ele se virando para mim

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